quarta-feira, 28 de março de 2012

H1N1



H1N1
Contágio:

O contágio da Gripe A  é dada através do ar, por vias aéreas e através de contato direto com pessoas contaminadas. O consumo da carne de porco não é uma fonte de contágio se a mesma for cozida a 71 graus celsius.

SINTOMAS:

Os sintomas da Gripe A  são similares aos sintomas da gripe convencional,  porém com maior ênfase . Febre, Tosse, Dores musculares, Cansaço, Diarréia, Vômito, Irritação nos Olhos e Fluxo Nasal.

COMO SE PREVINIR?
Para se proteger da Gripe A você pode tomar a vacina da gripe convencional para ajudar na prevenção já que aumentam a imunidade do corpo, porém não combatem o vírus H1N1. O medicamento Tamiflu tem sido utilizado no combate da Gripe Suína, porém somente deve ser ingerido se prescrito por um médico. Carnes suínas devem ser ingeridas apenas depois de passar pelo processo de cozimento a 71 graus celsius, temperatura suficiente para matar qualquer tipo de bactérias, inclusive o vírus H1N1.
COMO OCORRE?
O vírus se dissemina entre os porcos por aerosol da secreção respiratória destes pelo contato direto ou indireto. Eles podem ser infectados por vírus Influenza das aves, de humanos bem como de Influenza suíno. Os porcos podem ser infectados ao mesmo tempo por mais de um tipo de vírus, o que permite que estes se misturem. A infecção em humanos por Influenza suíno pode ocorrer em casos isolados ou surtos. Esta doença pode surgir após contato da pessoa sadia com porco infectado ou de pessoa sadia com pessoa infectada. No entanto, neste momento não há qualquer confirmacão de transmissão entre porcos e humanos.
Assim, como na gripe comum, o contágio entre as pessoas se dá através de secreções respiratórias como gotículas de saliva ao falar, espirrar ou tossir. Uma pessoa pode infectar outra desde um dia antes da doença aparecer até 7 dias (crianças até mais que isso) após sua resolução. Após contato com vírus, o indivíduo pode levar de 1 a 4 dias para começar a apresentar os sinais e sintomas da doença.

Entrevista com Dr. Sobral, ex-diretor do HRAN

Entrevista com Dr. Sobral, ex-diretor do HRAN

Entrevistamos o Doutor Sobral, ex-diretor do HRAN para saber sua opinião sobre a saúde e o atendimento público aqui no Brasil.


O que você acha da saúde pública aqui no Brasil?

Dr. Sobral:  A concepção do sistema único de saúde( SUS ) é moderna e universal, e se propõe a atender todos os brasileiros igualmente sem distinção; no entanto o subfinanciamento,a má remuneração dos procedimentos médicos, o excesso de burocracia e a corrupção são entraves gigantescos para  tornar  realidade a concepção original do SUS. A saúde pública Brasileira apresenta áreas de excelência na área de transplantes, oncologia, cirurgia cardíaca, entre outras, mas padece de um gestão eficaz nas áreas de prevenção, na urgência e emergência e no acesso rápido do cidadão aos bens e serviços  da saúde pública.


De que forma você acha que a saúde pública poderia ser melhorada hoje em dia no Brasil?

Dr. Sobral: Com uma gestão menos burocrática, melhor financiamento, investimento na estrutura básica de prevenção das doenças, na melhora do saneamento nas cidades, na contínua modernização dos complexos de saúde pública associada à educação sócio-ambiental iniciada desde cedo nas escolas públicas e particulares.


Você foi diretor do HRAN, como era o atendimento lá?

Dr. Sobral: O HRAN é um hospital público que atende 100% o sistema único de saúde. Durante a minha gestão privilegiamos o atendimento humanizado, eficiente, baseado em metas a serem alcançadas, sempre melhorando os indicadores de saúde da população.


O entrevistado autorizou a publicação desta postagem.

Por: Ana Luísa Sobral

segunda-feira, 26 de março de 2012

Pneumonia



                                               Pneumonia
O Que é Pneumonia: Pneumonia é uma doença inflamatória no pulmão, e é causada pela penetração de um agente infecsioso (vírus, protozoários, bactérias e fungos) que afetam pessoas de todas as idades desde que estejam com baixa imunidade.

Quais os Sintomas: seus sintomas incluem tosse, dor no tórax, febre de aproximadamente 39 a 40 graus, calafrios, diarréias, vomito, dores de ouvido, dificuldade para respirar.As ferramentas que geralmente são usadas para montar o diagnóstico inclui raios-X e exame de escarro.Se a Pneumonia for bacteriana pode ser tratada com antibióticos mas se não for o processo é por internação.
OBS: gripes que duram mais de uma semana e febre persistente devem ser.                                                                    

Quantidade de crianças com Pneumonia: em 2008 cerca de 156 milhões de crianças no mundo todo tiveram Pneumonia (151 milhões em países em desenvolvimento e 5 milhões em países desenvolvidos). Isso resultou na morte de pelo menos 1,6 milhões de pessoas, sendo 95% nos países que estão em desenvolvimento e os outros 5% em países desenvolvidos.

 Formas de Prevenir: evitar o uso de drogas como o cigarro, não ingerir álcool em grande quantidade, usar tratamentos adequados para gripe, mudanças bruscas de temperatura e evitar também o uso do ar condicionado pois deixa o ar muito seco.
 Como é o Tratamento: o tratamento para Pneumonia requer o uso de antibióticos e a melhora costuma ser de três a quatro dias. Quando a pessoa já é idosa, o processo a maioria das vezes é por internação pois pode ter sérios problemas ou levar até a morte.
Na imagem abaixo  é mostrado o pulmão de uma pessoa comprometido com a Pneumonia.

 

Por: João Pedro Burgun
Fonte: Wikipedia e Brasil Escola (com adaptações) 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Tétano


                                           Tétano  

  • O que é?  
 O tétano é uma doença infecciosa grave que frequentemente pode levar à morte. É causada pela neurotoxina tetanospasmina que é produzida pela bactéria anaerobica Clostridium tetani.
  • O primeiro registro de ocorrência?  
O primeiro registro de ocorrência  de tétano é de autoria de Hipócrates, que escreve no século V a.C., dando inúmeras descrições clínicas da doença. Contudo a sua etiologia (causa) foi descoberta somente em 1884, por Carle e Rattone. 
  • Curiosidade
A primeira imunização passiva contra a doença foi implementada durante a Primeira Guerra Mundial. Durante muitos anos o antídoto era feito por injeção de toxina em cavalos, e o seu soro rico em anticorpos antitoxina era administrado aos doentes. Contudo este processo gerava reações imunitárias contra os anticorpos do cavalo, um problema denominado de doença do soro. Por essa razão, cada pessoa só podia receber antídoto uma vez na vida, pois a reação do seu sistema imunitário contra o anticorpo de cavalo era quase sempre fatal à segunda aplicação do soro.
  • Infecção
A bactéria é encontrada no solo, em fezes de animais ou humanas que se depositam na areia, ou na terra sob uma forma resistente (esporos). A infecção se dá pela entrada de esporos por qualquer tipo de ferimento na pele contaminad com areia ou terra.Ferimentos com objetos contaminados normalmente representam um risco grande de desenvolvimento da doença, se a pessoa não tiver sido vacinada.Nos equinos o acesso da infecção se dá com maior freqüência em lesões nos cascos (pregos etc.), cordão umbilical, aparelho genital etc.
Nos bovinos pode-se instalar através de feridas resultantes de colocação de argola no focinho; da amputação dos chifres; da castração e de traumatismo da parição.Depois que penetram no organismo, as bactérias e seus esporos elaboram duas potentes toxinas ou venenos, que entram na corrente sangüínea e vão agir nos grandes centros nervosos e também produzir espasmos tônico-clônicos
  • Tratamento
Quando alguém se fere profundamente e não faz a higiene necessária, os médicos solicitam a aplicação do soro aintitetanico, para que o tétano não se desenvolva. Esse cuidado é muito importante, porque a toxina tetânica tem afinidade pelo sistema nervoso e pode levar a pessoa a morte. O soro é uma preparação com anticorpos já prontos para o uso na defesa do organismo. 
  • Contaminação
A Contaminação de feridas com esporos leva ao desenvolvimento e multiplicação local de bacilos. Eles não são invasivos e não invadem outros órgãos, permanecendo junto à ferida. Aí formam as suas toxinas, que são responsáveis pela doença e por todos os sintomas.O período de incubacao pode variar de 3 a 21 dias (sendo o mais comum 8 dias). Em casos de recém-nascidos, o período de incubação é de 4 a 14 dias, sendo 7 o mais comum. Na maioria dos casos, quanto mais afastada do sistema nervoso estiver a ferida, mais longo é o período de incubação.
  • Sintomas
O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações. Eles são provocados pelos mais pequenos impulsos, como barulhos e luzes, e continuam durante períodos prolongados. 
O primeiro sinal de tétano é o trismus ou seja, contração dos músculos mandibulares, não permitindo a abertura da boca. Isto é seguido pela rigidez do pescoco, costas, risus sardonicus (riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca), dificuldade de deglutição, rigidez muscular do abdomem. opstotóno: é um outro sinal que é uma forma de espasmo tetânico em que se recurvam para trás a cabeça e os calcanhares, arqueando-se para diante o resto do corpo. O paciente permanece lúcido e sem febre. A rigidez e espasmos dos músculos estendem-se de cima para baixo no corpo. Sinais típicos de tétano incluem uma elevação da temperatura corporal de entre 2 a 4 °C, diaforese (suor excessivo), aumento da tensão arterial, taquicardia (batida rápida do coração). Os espasmos duram de 3 a 4 semanas, e recuperação completa pode levar meses. Cerca de 30% dos casos são fatais, por asfixia devido a espasmos contínuos do diafragma. A maioria das mortes ocorre com pacientes idosos. Em países em vias de desenvolvimento este número pode ser até 60%.Complicações da doença incluem espasmos da laringe (cordas vocais), músculos secundários (aqueles do peito usados para respiração), e diafragma (o músculo primário usado na respiração); fraturas de ossos longos por causa de espasmos violentos; e hiperatividade do sistema nervoso autónomo.Há três formas clínicas distintas de tétano: local (incomum), cefálico (raro), e generalizado (o mais comum). O tratamento generalizado é aplicado em 80% dos casos. No caso dos animais o período de incubação varia normalmente de uma a três semanas, porém, às vezes, dura até quatro meses. É mais curto nos animais novos. Os principais sintomas são:
  1. mastigação fraca e degliutição lenta e difícil;
  2.  rigidez muscular;
  3.  protusão da membrana nictitante; 
  4. ereção da orelha; 
  5. ventre recolhido; 
  6. pescoço estendido para a frente e a cabeça mais ou menos fixa; 
  7. patas abertas e tesas, lembrando um cavalete; 
  8. narinas dilatadas;
  9.  movimentos cada vez mais lentos até a imobilização total; 
  10. espasmos generalizados; 
  11. tremores musculares, quando o animal é excitado. 
  12. A morte vem através do esgotamento, paralisia dos órgãos internos ou pneumonia.

  • Prevenção
A população também deve ser ensinada que todos os ferimentos sujos, fraturas expostas, mordidas de animais e queimaduras devem ser bem limpos e tratados adequadamente para evitar a proliferação da bactéria pelo organismo. O tétano pode ser evitado: 
  • vacinando-se com a vacina anti-tetanica.
 
  • Usando soro anti-tetânico antes das intervenções cirúrgicas ou depois de ferimentos que possam facilitar a infecção;
  •  evitando o contato das feridas profundas com terra ou qualquer sujeira;
  • cuidando da assepsia do instrumento cirúrgico e da antissepsia das feridas;
  •  desinfetar, tão cedo quanto possível, feridas recentes dos eqüinos;eliminando os objetos pontiagudos que possam causar ferimentos acidentais.
Fonte: Wikipédia (com adaptações) Por: Roberto Macedo

segunda-feira, 19 de março de 2012

História da Saúde no Brasil



Saúde Privada no Brasil

História da Saúde no Brasil 


As primeiras notícias médicas de que se tem notícia no Brasil datam de 01.05.1500. Dizem que o primeiro médico a chegar ao país fazia parte da frota de Pedro Álvares Cabral sendo conhecido como "Mestre João". Seria físico e astrólogo, simbolizando a medicina da época, que, a despeito de todo o conhecimento, não era suficiente para determinadas ocorrências.

O nosso indígena era sadio e quando adoecia era atendido pelo pajé, que conhecia as virtudes da flora nativa.

Com a colonização, os brancos trouxeram consigo doenças desconhecidas pelos indígenas na época, contaminando-os, principalmente através do sarampo e da varíola. Mais tarde, foi à vez do negro trazer outras doenças como a filariose e a febre amarela.

Durante o período colonial, houve uma grande deficiência de medicamentos e profissionais médicos, além da precária técnica que exercia os hospitais, considerados verdadeiros depósitos de doentes. Esta situação só começa a modificar-se a partir da chegada da família real ao Brasil, em 1.808.

Com o avançar da colonização, foram criados estabelecimentos hospitalares, à semelhança dos que existiam em Portugal.

Esses hospitais, criados pelos senhores chamados "homens bons", foram associados às Irmandades da Misericórdia, sociedades civis, constituídas por pessoas de posses, católicas e que se disponibilizaram para realizar determinadas obras sociais.

Nos três primeiros séculos, as enfermarias jesuítas e, logo após, as Santas Casas de Misericórdia eram as únicas formas de assistência hospitalar de que a dispunha a população brasileira.

A partir do século XVIII, surgem os primeiros hospitais militares destinados à tropa, localizados no edifício dos antigos colégios jesuítas, confiscados após a expulsão da Companhia de Jesus, e sustentados pela família real. Anteriormente, o governo internava os soldados nas Santas Casas, mediante pagamento de pequena remuneração. Em contrapartida, os hospitais militares passaram a receber civis, mediante cobrança de uma taxa.

Em 1.808, é criado o cargo de Provedor Mór da Saúde, ao qual, entre outras funções, compete cuidar do controle sanitário dos portos, das quarentenas dos escravos e das medidas de higiene geral. O cargo é extinto em 1.828, ocorrendo a descentralização das atividades, atribuindo-se às Câmaras Municipais a responsabilidade de fixar as normas sanitárias, fiscalizar o exercício da profissão bem como o comércio de medicamentos.

Em 1.923, quase 100 anos depois, através da Lei Elói Chaves, criam-se as Caixas de Aposentadorias e Pensões para trabalhadores das ferrovias, incluindo entre seus encargos, a assistência médica aos filiados, iniciando-se, desta forma, uma nova fase na medicina do Brasil.


A saúde privada atualmente

A época de maior crescimento da Saúde no Brasil ocorreu durante a era Vargas, tendo sido criados vários hospitais e centros médicos. A revolução de 1.930 trás novos conceitos sociais, onde são criados os Ministérios da Educação e Saúde e do Trabalho, Indústria e Comércio.

Atualmente, o SUS - Sistema Único de Saúde, área do Ministério da Saúde, conta com aproximadamente 6.300 hospitais. Destes, mais de 500 são de alta complexidade e especialização. No total são cerca de 500.000 leitos que representaram em 1.994, aproximadamente 15 milhões de internações, com gasto médio por internação variando por região, como segue: Região Norte US $ 200,00; Região Nordeste US $ 230,00; Região Centro Oeste US $ 302,00; Região Sudeste US $ 323,00 e Região Sul US $ 347,00

Apesar de a Constituição Federal estabelecer, em seu artigo 196, que "a saúde é direito de todos e dever do Estado", não existem recursos suficientes para viabilizar esse preceito. Nos últimos anos, a rede pública de hospitais federais, estaduais e municipais vem sendo submetida a um processo de deterioração acelerada por motivos diversos, entre eles: escassos recursos orçamentários para custeio das operações e novos investimentos; desmotivação do pessoal; falta de medicamentos e materiais e ao aumento da demanda devido a expansão da população urbana e do atendimento aos contingentes rurais antes desassistidos.
E a saúde privada não fica atrás. Como diz o jornalista Paulo Moreira Leite, “Nossa saúde privada é um arremedo”.

Veja a seguir um trecho de sua reportagem, que exemplifica um pouco de como é a saúde privada no Brasil nos dias de hoje.

“Nada é tão revelador do fracasso do modelo de saúde criado no Brasil do que o boicote das associações médicas de São Paulo a determinados planos privados.
A proposta é deixar de atender pacientes de cinco instituições que vendem serviços e pagam honorários vergonhosos para os profissionais encarregados de atendê-los.
Num primeiro momento, especialistas em ginecologia e obstetrícia recusaram atendimento. Agora, chegou a vez de dermatologistas. E assim por diante.  O objetivo é pressionar os planos de saúde a reajustar seus honorários.
Os médicos têm razão em dizer que recebem uma remuneração incompatível com sua formação e seus custos. Estão certíssimos ao afirmar que pagamentos irrisórios impedem um serviço cuidadoso e responsável. Quem já entrou na fila dos consultórios e das consultas sabe do que estou falando.
Mas o problema real é anterior. Estamos falando de uma reivindicação correta num modelo errado.
Os modelos privados de saúde são pouco eficientes por natureza. Encarecem a medicina e estão longe de oferecer um tratamento melhor aos pacientes, como demonstram estudos comparativos entre países desenvolvidos.
A saúde americana é a única que segue um modelo privado, fonte de inspiração para o que se faz no Brasil. Seus custos equivalem ao dobro do que se pratica na Europa. Mas o serviço é muito pior. Não é acessível aos mais pobres e envolve despesas que poderiam ser reduzidas num sistema mais amplo, sem características de competição e concorrências típicas das empresas privadas. Estamos falando da proteção à vida humana, não é mesmo?
Por falta de cobertura médica, uma pessoa pode ser atropelada nos EUA, receber uma cirurgia de urgência e passar o resto da vida pagando as despesas, que incluem até juros normais de banco, como se fossem gastos com a compra de um carro zero ou de uma viagem de férias ao exterior.
No Brasil tentou-se plagiar este modelo numa sociedade com uma renda muito menor e pessimamente distribuída. O resultado é um arremedo de saúde privada, pois poucas pessoas podem pagar o que seria necessário para que os planos pudessem ter uma contabilidade em ordem.
Sem dinheiro no bolso, muitos pacientes pagam planos com coberturas simbólicas e só não precisam arcar com despesas de aspirina e esparadrado quando levam o filho ao pronto-socorro. Sem recursos suficientes, os planos privados se encostam na rede pública, onde tentam privatizar leitos e realizar cirurgias mais caras e complexas, o que gera distorções e abusos conhecidos.
A única semelhança entre os dois modelos é a força política. Tanto no Brasil como nos Estados Unidos, os planos de saúde seduzem políticos, bancam campanhas, oferecem jatinhos — e conseguem o que querem.
No Brasil, acabam de ganhar mais três meses para cumprir uma norma da Agencia Nacional de Saúde Complementar, que proíbe que os pacientes sejam obrigados a aguardar mais de uma semana em consultas de pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia.
Nos EUA, a força dos lobistas privados patrocina o partido republicano e impede todo esforço para se criar um sistema público.
Acredite: comparado com aquilo que se oferece por lá, o SUS brasileiro é um modelo de civilização. Por isso deve passar por reformas profundas em sua gestão, controlar desperdícios e abusos. Mas precisa ser fortalecido e ampliado, a menos que apareça uma solução melhor para um país de 200 milhões de habitantes e salário médio de R$ 1300.
Este é o debate.”
Por: Samara Aor

sábado, 17 de março de 2012

Hospitais Públicos VS Hospitais Privados

 Bibliografia: Google images Wikipedia e Google Search
Por: GUILHERME DE ANDRADE DOS SANTOS, HENRIQUE METZKER FERRO, PEDRO PAULO LOPES 

História da saúde pública no Brasil



Saúde publica brasileira


História da saúde pública no Brasil


No início, "não havia nada" considerando-se o que poderia ter sido feito. A saúde no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colônia. O modelo exploratório nem pensava nessas coisas. O pajé, com suas ervas e cantos, a medicina dos jesuítas e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas formas de assistência à saúde.
Além das enfermarias de cuidados dos jesuítas a únicas instituições que podemos destacar no vazio assistencial desse período é a criação das Santas Casas de Misericórdia.
Observe-se a continuidade da catalogação de espécies de uso medicinal, já iniciada pelos jesuítas e outros viajantes, comparando o uso das espécies nativas às já conhecidas na farmacopeia europeia.
Com a chegada da família real portuguesa, em 1808, as necessidades da corte forçaram a criação das duas primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro. E foram essas as únicas medidas governamentais até a República.
Foi no primeiro governo de Rodrigues Alves (1902-1906) que houve a primeira medida sanitarista no país. O presidente então nomeou o médico Oswaldo Cruz para dar um jeito no problema. Numa ação policialesca, o sanitarista convocou 1.500 pessoas para ações que invadiam as casas, queimavam roupas e colchões. Sem nenhum tipo de ação educativa, a população foi ficando cada vez mais indignada. A população saiu às ruas e iniciou a Revolta da Vacina. Oswaldo Cruz acabou afastado.


Da "revolta da vacina" ao Ministério da Saúde

A forma como foi feita a campanha da vacina revoltou do mais simples ao mais intelectualizado.
Pouco foi feito em relação à saúde depois desse período, apenas com a chegada dos imigrantes europeus, que formaram a primeira massa de operários do Brasil, começou-se a discutir, obviamente com fortes formas de pressão como greves e manifestações, um modelo de assistência médica para a população pobre. Essas instituições eram mantidas pelas empresas que passaram a oferecer esses serviços aos seus funcionários. A União não participava das caixas. Elas tinham entre suas atribuições, além da assistência médica ao funcionário e a família, concessão de preços especiais para os medicamentos, aposentadorias e pensões para os herdeiros. Detalhe: essas caixas só valiam para os funcionários urbanos.
Esse modelo começa a mudar a partir da Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas tomou o poder. Suas atribuições são muito semelhantes às das caixas, prevendo assistência médica. A União continuou se eximindo do financiamento do modelo, que era gerido pela contribuição sindical, instituída no período getulista.
Quanto ao ministério, ele tomou medidas sanitaristas como a criação de órgãos de combate a endemias e normativos para ações sanitaristas. Vinculando saúde e educação, o ministério acabou priorizando o último item e a saúde continuou com investimentos irrisórios.
É a primeira vez que, além da contribuição dos trabalhadores e das empresas, definia-se efetivamente uma contribuição do Erário Público. Mas tais medidas foram ficando no papel.
Surgiu então uma demanda muito maior que a oferta. A solução encontrada pelo governo foi pagar a rede privada pelos serviços prestados à população. Mais complexa, a estrutura foi se modificando e acabou por criar o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) em 1978, que ajudou nesse trabalho de intermediação dos repasses para iniciativa privada.
Um pouco depois, em 1974, os militares já haviam criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), que ajudou a remodelar e ampliar a rede privada de hospitais, por meio de empréstimos com juros subsidiados. Toda essa política acabou proporcionando um verdadeiro boom na rede privada. De 1969 a 1984, o número de leitos privados cresceu cerca de 500%. De 74.543 em 1969 para 348.255 em 1984. Poucas medidas de prevenção e sanitaristas foram tomadas.
Em 1981, ainda sob a égide dos militares, é criado o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP).
É nesse período que se cria e se fortalece o subsistema de atenção médico-suplementar. Em outras palavras, começa a era dos convênios médicos.
A classe média, principal alvo desses grupos, adere rapidamente, respondendo contra as falhas da saúde pública. O crescimento dos planos é vertiginoso. Em 1989, já contabilizam mais de 31 mil brasileiros, ou 22% da população, faturando US$ 2,4 bilhões.
Ao lado dessas mudanças, os constituintes da transição democrática começaram a criar um novo sistema de saúde, que mudou os parâmetros da saúde pública no Brasil, o SUS.




A saúde Pública no Brasil Hoje




A saúde pública do Brasil tem se revelado de baixíssima qualidade e em quantidade inadequada para atender a população, notadamente, a população pobre. Quantas vezes temos visto pela grande mídia relatos e imagens que nos deixam indignados e revoltados com falta de estrutura física e humana para atender as pessoas? Certamente, muitas vezes. Quem tem um plano de saúde privado passa pelo mesmo problema? O Brasil gasta de forma adequada com a saúde dos brasileiros?

No Brasil são gastos 7,6% do PIB por anos com saúde, destes, 45,6% é do setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado. Aliás, no Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de saúde, atendimentos avulsos, hospitais e outras formas, cerca de 48 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de aproximadamente US$ 27,2 bilhões. Em comparação com outros países, o Brasil está em uma posição intermediaria. Os Estados Unidos gastam 15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor público; na Alemanha são essas proporções são 11,1% e 78,2%; no Canadá são 9,9% e 69,9%; no Chile são 6,1% e 48,8%.

Observa-se dos números acima que nos países mais ricos apesar de a renda média ser muito superior à renda do Brasil gastam em termos percentuais com saúde muito mais que o Brasil gasta. O Brasil gasta mais do que a média dos países da América Latina, entretanto, a participação do setor público é menor. Na comparação com os países ricos, então no Brasil temos consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto) e muito menos participação do setor público nos gastos totais com saúde.

Esse universo de pessoas apesar de constituir em uma grande quantidade tem muito pouca visibilidade e respeitabilidade entre os formadores de opinião e as autoridades responsáveis pela oferta de saúde pública para que suas vozes de reclamos sejam ouvidas por esses. Esse é o principal motivo pelo qual a saúde pública é tão caótica em nosso país, ou seja, as nossas autoridades brasileiras e a sociedade não dão a atenção devida para as pessoas que precisam dos atendimentos médicos do setor público. Quando as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizarem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então os gastos com a saúde irão aumentar significativamente e a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentaria bastante e as pessoas seriam atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país.

É preocupante o declive no gráfico de eficiência que passa hoje a saúde pública brasileira.
Na tentativa de amenizar os problemas da saúde pública no Brasil, políticos lançam novos nomes para serviços já prestados, como AMA ou mutirões, mas jamais mantêm o foco no bem estar da população e/ou abrangência do atendimento. É bastante comum, principalmente nas metrópoles brasileiras, que pacientes morram na fila de espera por tratamentos, trasplantes e consultas.
O brasileiro sofre com uma das mais altas cargas tributárias do planeta. Em tese, isso lhe garantiria um atendimento de saúde universal e decente. Mas não. Só em sete capitais, mais de 170.000 pessoas terão de esperar até cinco anos por uma cirurgia não emergencial. O desafio do futuro presidente é tornar este sistema mais saudável.            
                                                                                                     
Fonte: Wikipédia e Blog do Ramon

Por: Ana Carolina Cunha